A líder educacional nos Estados Unidos, especialista em aprendizagem combinada (blended) e fundadora do Programa Media Arts em Palo Alto High Schools, Esther Wojcicki, começa seu discurso de abertura afirmando que a aprendizagem mudou substancialmente enquanto o sistema educacional permaneceu o mesmo. Os alunos na Espanha passam mais tempo na sala de aula do que o resto dos alunos da Europa e, segundo o relatório PISA, isto não garantiu um melhor desempenho escolar. Além disso, precisamos descartar ideias arraigadas demais, como a importância de memorizar conteúdos. Ela vai mais longe, afirmando que enquanto eles não forem capazes de encontrar soluções por si próprios e de memorizar menos, não obterão sucesso. Para que a educação melhore, a ênfase deve estar no que acontece na sala de aula. Algumas das competências mais importantes para as empresas incluem resolução de problemas complexos, pensamento crítico, criatividade, gestão de recursos humanos e inteligência emocional, mas a questão é… Estamos ensinando isto nas escolas? E, por outro lado, como aprendemos essas habilidades, especialmente a criatividade? A chave está na experiência em sala de aula. Esther Wojcicki sugere que 20% do tempo nas escolas deva ser dedicado à aprendizagem para resolver problemas reais, conhecida como aprendizagem dirigida pelo aluno (student directed learning).
Há muitas oportunidades para fazer do mundo um lugar melhor. Os empreendedores a quem devemos dar mais oportunidades. Criatividade e pensamento diferente e independente devem ser encorajados. Características das pessoas de sucesso: perseguem seus sonhos, pensam diferente dos outros, são criativas, acreditam em si mesmas e constroem relacionamentos de sucesso. Em seu último livro, “How to raise successful people”, aborda questões como a importância da relação entre professor e aluno. Para tornar-se um professor, um aluno ou uma empresa de sucesso, ele estabelece a metodologia T.R.I.C.K. (Confiança, Respeito, Independência, Colaboração e Gentileza, por suas siglas em inglês). Também destaca a importância da colaboração familiar nas fases iniciais, já que 85% do desenvolvimento da capacidade cerebral de uma criança ocorre até os cinco anos de idade. As habilidades sócio-emocionais das crianças são as mais importantes para o seu sucesso futuro. Ela defende que se permita às crianças a exploração, a comunicação entre pares, sem incentivar a competição entre elas e reduzindo o processo de memorização.
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