Estamos nós, trabalhadores, preparados para o mercado do futuro? Montserrat Gomendio, Diretora adjunta para a Educação da OCDE, salienta que um grande número dos empregos atuais será automatizado e outra elevada porcentagem será transformada, o que significa que os trabalhadores do futuro terão de adquirir novas competências, tais como pensamento crítico, trabalho em equipe, resolução de problemas etc. Afirma ainda que os sistemas educativos tradicionais precisam evoluir para sistemas de aprendizagem continuada (lifelong learning) para que as pessoas possam adaptar-se a diferentes contextos. Por sua vez, Orlando Ayala, conselheiro do Presidente da Colômbia e ex Diretor Global para mercados emergentes da Microsoft, diz que o desafio gira em torno de como educar os trabalhadores do futuro e de como vamos educar esses trabalhadores que vão criar empregos no futuro. O sistema educacional precisa ser reorientado para adaptar-se à nova situação, pois há três vetores convergentes que têm muito a ver com a forma como educamos os trabalhadores do futuro: o primeiro é a grande velocidade com que emergem as novas tecnologias; o segundo é a divergência dos modelos geopolíticos e econômicos; e finalmente, os fenômenos demográficos. Na sua opinião, o maior desafio que enfrentamos é o de construir um mundo ético através da educação. Claudia Costin, fundadora e diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais do Rio de Janeiro, no Brasil, afirma que há um desafio duplo na América Latina: em primeiro lugar, a aprendizagem não está ocorrendo e, em segundo lugar, as pessoas devem ser preparadas com as habilidades necessárias para o futuro. É essencial ensinar habilidades como pensar criticamente ou aprender a aprender, assim como é essencial tornar o humano importante novamente.
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